quinta-feira, 19 de julho de 2012

~ 37 ~




Vasco adormecera, com Smile aninhada aos seus pés. Acordou na madrugada de domingo, por instantes sem saber onde estava.
Reconhecendo o acolhedor espaço , afagou Smile:
- " E nós… parece que dormimos aqui…"
Dirigiu-se ao banho, passando pela porta entreaberta, revelando-se um vulto na cama. Aquele corpo, aquela pessoa, já em nada lhe interessava. Seguiu com indiferença e a água tépida varreu-lhe o cansaço e os vestígios de uma noite mal dormida.
Limpou com uma toalha a fina película de vapor que cobria o espelho, e nele deslumbrou o rosto de Mariana. Tão enigmático quanto ela. Vasco sorriu-lhe, com alegria e ternura. Já totalmente desperto, lembrou-se que no dia seguinte voltaria a encontrá-la. Sentiu a garganta apertada por uma força estranha e invisível.
Terminara de se barbear quando ouviu passos secos, acompanhados de uma vozinha infantil:
- "Paiiiiiiiiiiiiiiiiiiii ..."
A pequenita cruzava o corredor em sua direcção, ladeada por Smile. Baixando-se para a levantar, abraçou com força o corpinho frágil que pulava de satisfação. Apertou-a contra o peito, enquanto a criança despejava um chorrilho de palavras em todas as direcções.

Sem comentários:

Enviar um comentário